terça-feira, 4 de agosto de 2009

A crise mundial e os videoclipes

Dois videoclipes lançados nesse período "crise mundial" (entre novembro/2008 e agora) mostram muito bem os efeitos dela no mercado fonográfico-audiovisual: a criatividade dos editores nos videoclipes.

Ao se produzir um clipe, fico pensando no alto custo para o deslocamento, para equipamentos de filmagem, figurino, maquiagem e as n tomadas para auxiliar a edição. "Sutilmente", da banda brasileira Skank, e "Strawberry Swing", da banda inglesa Coldplay, demonstram uma nova modalidade de se fazer videoclipe. Mais: colocam em prática os conceitos do cubismo e a união de duas artes em uma só (arte audiovisual). Utilizando mais recursos na edição, o clipe possui pelo menos 2 planos, fazendo com que o telespectador-ouvinte preste atenção nas 3 partes do clipe (2 planos mais a música).Certamente, um investimento que não é barato, mas mais barato pagar um trabalho muito criativo de um editor, do que ter que se preocupar com todo gasto que enumerei no começo do parágrafo.

Em Sutilmente, atrás do Skank, uma coreografia musical acontece enquanto Samuel Rosa e cia toca à frente. Como se atrás existisse um telão, onde os coreógrafos/bailarinos fizessem a dança como o homem aranha: grudados na parede. A coreografia mudando conforme a música é genial. Confira:

Já em Strawberry Swing, uma história em desenho animado se desenrola com o passar da música e do vídeo, prendendo a atenção de quem o assiste. Um desenho feito de giz, parece que foi feito por num quadro-negro, enquanto o professor não chega para dar aula.
Veja abaixo:

Essas inovações só comprovam mesmo que crises financeiras fazem "bem" ao ser humano por isso. É nas dificuldades que conseguimos inovar, buscar algo novo, sem investir grandes recursos. Por isso, concluo, que o melhor recurso, mesmo, é nossa própria cabeça. Por isso, é melhor investir nela antes, do que no mercado de ações.

domingo, 24 de maio de 2009

100 anos do Clube Ginástico

Como prometido, aqui está a matéria do centenário do Clube Ginástico Juiz de Fora.

domingo, 10 de maio de 2009

Clube Ginástico de Juiz de Fora 100 anos

Um dos mais importantes clubes juizforanos e do Brasil chegaria ao seu centenário em 2009. Guiado pelos quatro Fs, atletas que lá treinavam já foram chamados para disputar nacionalmente as seletivas para as Olimpíadas de 1920 e de 36. 
O clube nasceu de uma conversa entre alemães na cervejaria Stiebler em 1909. Nascia, então, o TURNERSCHAFT, que, em alemão, significa Clube de Ginástica. A primeira diretoria foi eleita em 1910, tendo como diretores Gustavo Kietzsch e Hans Rappel, e Carlos
Stiebler como tesoureiro.

Em 1917, o clube mudou de nome para evitar perseguições aos imigrantes alemães em JF durante a Primeira Guerra Mundial. Então, outro diretor assumiu o cargo:  Caetano Evangelista.
 
O professor Ítalo Paschoal Luiz lembra com orgulho quando era aluno e professor no clube. "Entrei pro clube quando tinha 20 anos, em 1947. Três anos, depois, fui professor. O clube foi
a minha vida, batalhei muito por ele." Emocionado, disse que o clube não se manteve por falta de recursos financeiros. "Quiseram demolir o clube para dar lugar ao progresso. O Estado não dava mais recursos. Foi tudo culpa de politicagem", afirma indignado. "Ainda sigo os 4 éfes - feito, forte, firme e fiel, nosso brasão. Ele não estava só estampado no meu uniforme, mas também no meu coração.

Ítalo Paschoal e seu professor Caetano Evangelista.
 À direita, a antiga sede do clube, onde hoje é o Hemominas

Agradeço ao seu Ítalo por ceder algumas fotos para o blog. Em breve, a matéria em vídeo sobre o centenário do Clube Ginástico de Juiz de Fora entrará no ar no site da UFJF, pelo IPTV, no jornal da Facom.











sábado, 31 de janeiro de 2009

Flamengo de 80 em JF

Em comemoração ao aniversário da "Praça de Esportes João Pires" , o advogado dr José Lúcio Fernandes fez um jogo especial em sua fazenda, perto da represa João Penido. Para um mini-torneio de futebol, chamou seus amigos e algumas pessoas especiais: João Pires (ponta direita,jogou pelo Tupi e pelo Botafogo-SP) e o esquadrão flamenguista da década de 80: Adílio (meia-direita, de 75 a 87 e em 93), Andrade (amigo do advogado,jogou entre 78 e 88 na posição de volante), Cláudio Adão (77-80 e em 83, atacante), Júlio César (atacante, jogou de 82 a 88) e Zé Carlos (goleiro de 86 a 91).

O mini-torneio foi disputado por 4 times: Rezzato, Casacatinha e Amantes do Futebol A e B. Venceu o "Amantes do Futebol A", ganhando o troféu "João Pires". Após o torneio, foi realizado um jogo entre Amantes do Futebol x Flamengo de 80. Apesar da idade avançada, a experiência dos rubro-negros e o cansaço dos Amantes do Futebol, garantiram a vitória ao Flamengo, por 4x3. Após o jogo, comes e bebes.















"Eu poderia ter dedicado esta praça de esportes a meus familiares ou a mim mesmo, mas dediquei a você, João Pires, "o Garrincha de Minas Gerais", por ter-me feito vibrar no Tupi quando eu o assistia no estádio. Meu muito obrigado", disse José Lúcio em discurso aos presentes no "churrasco", regado a porções mineiras (torresmo, mandioca e linguiça) e uma paella mineira deliciosa.


















A Praça de Esportes João Pires foi inaugurada em 31/01/06. Lá, os "Amantes do Futebol", clube composto pelos membros da "José Lúcio Advogados e Associados", se reúnem aos finais de semana para jogar uma pelada.O lugar é belíssimo. A represa João Penido se localiza atrás do sítio. "A próxima etapa é fazer um píer para andar de jet-ski pela represa", revelou o advogado.

Obs: Mais fotos no meu orkut. Este blog não suporta mais de 4fotos/post.

sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

Life in Technicolor ii

Coldplay sempre me surpreendeu com suas músicas. A sonoridade dessa banda do british pop é única (considero os caras como um rock 'n roll com outra cara.. mas rótulos são rótulos e gosto cada um tem o seu).

Viva la Vida, penúltimo álbum lançado, possui músicas muito inovadoras, que fogem da estética de fazer música. A própria música tema, por sinal da trilha novelística "A Favorita" é uma delas (não sei se muita gente percebe). O baterista - Will Champion -  e, creio também que seja influência do brilhante produtor Brian Eno, não incluiu a "caixinha", um dos componentes da batera que dá um som agudo, que diferencia do som do bumbo (mais grave), gerando ritmo. Impressionante como ela não faz falta. Outro elemento incrível aparece na música: o sino durante o refrão.

Voltando às inovações, e isso vem do X&Y, chamo a atenção para os videoclipes. E estão cada vez mais geniais. 

O de Viva la Vida é fantástico, devido à textura da imagem. Combina com o título da música, por ser algo alegre, que celebra a frase. Lovers in Japan é genial devido aos vários links que vão fazndo em cada tela de TV e à arte do clipe. Aconselho assistí-lo... http://br.youtube.com/watch?v=E_exesnCA5Y


Mas o que aconselho mesmo a assistir é o de Life in Techinocolor ii, lançado em The Prospekts March, que pode ser chamado de Viva la Vida parte II. Esta música, por exemplo, ganhou letra. Os caras fizeram  releitura de outras músicas , como a própria Lovers in Japan" e Lost!, que ganhou a participação de Jay-Z (que, pra mim, representou uma "democratização" do Coldplay - outra hora discuto isso).

O clipe de Life in Techinocolor ii nos leva a pensar no futuro. Como será que nossos filhos vão se divertir? Quais serão as novas maneiras que eles aprenderão as coisas deste mundo, cada vez mais internetizado e lúdico?

Interessante notar como o arcaico e o pós-moderno se misturam muito bem nesse clipe: cenário prosaico, ventrílocos de madeira; mas estes ganham vida e todo tipo de parafernália tecnológica entra  em cena, como a iluminação muito bem projetada, show pirotécnico e um helicóptero de brinquedo. Técnico de som e roadie também não ficam fora do espetáculo. Vale destacar, tambem, os atores: as crianças (principalmente a menina de óculos, que reage muito bem ao show), o cinegrafista e os pais, que assistem atônitos ao show.

Bom, chega de falatório e assista a este clipe genial: http://br.youtube.com/watch?v=9fXm7_D3hF0

PS: melhor são os ventrílocos quebrando tudo depois do show.

PS2: por favor, no fim deste artigo que pensei... Esses bonequinhos são ventrílocos mesmo? Se eu estiver errado, me avise.. valeu!

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Festival Fritz Teixeira de Sales

Fiquei encarregado de digitalizar um acervo de vídeos da ONG Expressão Livre, de Monte Sião. Entreles, estava um vídeo de 2006 da VIII edição do concurso de poesia Fritz Teixeira de Sales, realizado depois de 20 anos.

Ariovaldo Guirelli, que apresentava e lia alguns poemas, me surpreendeu com a leitura de um poema chamado Inventário, que vencera o concurso. Eis a surpresa: a obra-prima é de Marçal Aquino, que participara da edição de 1982 do concurso com um poema publicado em "Por bares nunca antes naufragados", livro lançado em 1985. Na ocasião, ocorria o V Festival Cultural Expressão Livre - que também teve festival de rock e MPB- e o jornalista e roteirista de cinema estava na Polônia, com Hector Babenco, gravando um longa.

Na hora usei o sr Google e descobri porque Marçal participara do concurso: ele é de Amparo (SP), município pertinho do Circuito das Malhas.

Venho aqui, por meio deste blog, para que a ONG Expressão Livre realize novamente o concurso de poesia "Fritz Teixeira de Sales", que revela talentos e enriquece nossa cultura.

PS:no concurso de 1982, o poema foi declamado por Rivaldo Céu.

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Flagrante de São Paulo




Fui à São Paulo no último dia 16, sexta-feira. Estive na companhia do jornalista Clayton Melo, "primo" que só fui conhecer nesse dia. Um dia para ser lembrado das risadas e do aprendizado que tive.
Passando pela Avenida Paulista, encontrei alguns manifestantes do sindicato dos bancários em frente à sede do Banco Real.  Protestavam pela demissão de 400 funcionários de uma só vez. Gostei de ver a "arte" do protesto. Utilizaram velas e fita-crepe: materiais muito simples, mas muito bem utilizado pela organização.

Enquanto ia embora, escutei o manifestante falando ao microfone: "Vamos pedir para que a diretoria do banco desça até aqui para que dialoguemos e cheguemos a um acordo. Ou será que vamos ter que usar microfones sem fio numa
 próxima vez para levá-lo até vocês?"

É, constatação interessante a dele...

Abraços ao Clayton e aos Shinohara, que me hospedaram mais uma vez.